terça-feira, 1 de maio de 2012

Trajes e Estamparias

Trajes e Estamparias Africanas
A riqueza dos trajes Africanos. O continente Africano possui uma grande variedade de línguas, costumes e religiões. Trajes pinturas corporais, tecidos e adornos. São marcas da identidade de cada grupo.  Geralmente as pinturas são usadas em cerimônias, para enfeitar o corpo ou para exibir o estilo de sua tribo, todas as pinturas tem um significado diferente. 
Vestir-se bem  é uma questão de honra para os africanos e seus descendentes. Seja para homenagear uma divindade, seja para mostrar prosperidade, é preciso estar elegante.  O charme de um traje africano esta na combinação das cores fortes ou no tom soberano no jeito de amarrar sem dar um único nó, o tecido preso à cintura não cai nem com o mais rápido movimento.
As cores vibrantes são obtidas a partir de elementos da natureza, a exemplo de plantas, terra e flores. Cada cor tem um significado.

O verde indica renovação e crescimento, em clara analogia com as matas e florestas. Amarelo é símbolo do status e serenidade, além da fertilidade e vitalidade. Azul é a presença de Deus, a onipotência do céu, ao espírito   puro  que repousa em harmonia.
O preto denota união com os antepassados. É a cor das provas, do sofrimento, do mistério, da consciência espiritual, do tempo e da existência. Vermelho é a cor da paixão, da determinação política, da vida, da paixão e do sentimento.

Os africanos, mais do que ninguém, falam através de seus panos.

Algumas vestimentas tradicionais usadas pelos povos da África:

1. Bùbá- Túnica  vestida pelos homens e mulheres na África, com tecidos leves e aberto ao lado na altura do peito. Também serve para usar como roupa de baixo. Em Angola Bùbá significa «camisa larga de panos coloridos».

2. Caftan - Túnica ampla de mangas larga vestida pelos homens no Oriente Médio.

3. Dashiki - Túnica Africana de cores fortes.

4. Djellabah - Manto ou túnica larga de corte mais justo vestida pelos homens na África, especialmente no Marrocos Moda Afro.

5. Sányinmotan – Tipo de calca apertado nas pernas. Hoje não se usa mais.

6. Aso Ìró – Tecido enrolado em torno da cintura até os pés, parecido com uma canga.

7. E outros como:  Kembe , Sìmí , Agbádá , etc.

Trajes no novo mundo:
A maioria dos estilistas usa materiais locais, junto com alguns importados. "bazim", que é um tecido de algodão com desenhos da mesma cor sempre esteve por toda parte, extensamente usado na África Ocidental. Alguns países (como Senegal e Mali) produzem "bazim", mas também é importado da Europa. Lenim, Cida e Rayon também são usados. Foi Chris Siydou, o primeiro estilista a introduzir o uso da moda de o bogolam, o tradicional "mud cloth ou tecido de lama" que usavam em Mali. Muitos seguiram usando outros materiais tradicionais, como "ráfia", pogné, índigo, etc. Agora, muitos desenhistas inovam somando outros materiais locais que, normalmente não são usados em roupas, como: palha,  conchas do mar, etc. Tudo isso dá nas roupas um aspecto colorido e típico. Desenhos são inspirados principalmente por tendências locais tradicionais. Porém, há estilistas cujo trabalho poderia ser considerado universal, às vezes com um toque africano sutil. O mercado para a moda africana ainda é incerto e frágil. Muitos africanos não estão, contudo, atento às tendências de moda dos seus respectivos países, apesar do seu número crescente de espetáculos de moda e cobertura de imprensa. Devido à situação econômica e financeira de países africanos ocidentais, a maioria das pessoas não pode usufruir dessa moda devido aos preços relativamente altos de roupas de designer. Os estilistas precisam dar mais publicidade ao trabalho deles, e baixar os preços para encorajar que mais pessoas comprem seus produtos; poucos puderam ser reconhecidos internacionalmente.
Só agora que o número crescente de estilistas está sendo convidado a participar em espetáculos na moda da Europa, Ásia, EUA, e Canadá.
Pouco da moda africana é conhecido na América Latina.

Alguns utensílios africanos:

A Capulana é um xale usado na indústria tradicional de Moçambique. Hena nas mãos e nos pés: hena é um tipo de pintura decorativa e foi difundida na África e na Índia.
Colares de contas: esses colares são usados pelas mulheres, o número de colares que elas usam indica a posição social nos seus grupos.

Plumas na cabeça: os homens usam as plumas para irem a guerras e cerimônias.

Túnicas e turbantes: os Bérberes beduínos usam um traje clássico, uma túnica simples, contrastando com o turbante azul-escuro.

Batique africano: o batique é um tipo de pintura que na qual se usa cera e pigmentos para desenhar e tingir os tecidos.

Vestidos com babados: as mulheres do povo Himba usam esses vestidos como símbolo de suas identidades. Hena nas mãos e nos pés.
No nordeste da África, as mulheres Rashaidas, que habitam na Sumária, vestem-se de véus e túnicas devidas á influência muçulmana. Elas usam delicadas joias de prata e no rosto véus bordados elaboradamente. A pintura em hena decora mãos e pés. Esse tipo de pintura decorativa é difundido na África e na Índia.

Na África, o hábito de comprar um tecido e levá-lo para os profissionais que o cortam e costuram ao seu modo ainda é preservado, assim como foi comum em um Brasil não muito distante. Todos encomendam roupas, dos mais ricos aos mais pobres. Também é bastante comum à compra de roupas de segunda mão. A prática de mandar fazer vestidos, saias e blusas são tão comuns que, nas feiras-livres, veem-se homens e mulheres com máquinas de costura sentadas no chão à espera de clientes que chegam com croqui na mão. Eles também têm catálogos com desenhos que são propostos pelas africanas.

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