Na sociedade tradicional Africana o sagrado e o secular são inseparáveis. Não há comparti mentalização da vida. O que a religião proíbe ou condena a sociedade também proíbe e condena, e da mesma forma a sociedade aprova as coisas que a religião sancionou. Uma ofensa a Deus é uma ofensa contra o homem, de forma que um crime contra o homem é uma ofensa contra Deus, pois o homem é uma criatura de Deus. Qualquer ofensa é crime. A religião tradicional africana não tem documentos legais escritos mostrando o que é legal ou ilegal, mas a tradição africana tem um código de conduta que todos conhecemos. Este código norteia os indivíduos a viver em conformidade com o bem-estar da sociedade. Os componentes deste código foram transmitidos oralmente de geração em geração. As ações penais incluem o adultério, a violação do pacto, roubo, prostituição, incesto, sequestro, irreverência e mau tratamento e violência contra os pais, mentira, assassinato, estupro, sedução, falar mal do governante (Rei), jurar falsamente, sodomia e malícia (dissimulação). Todos os atos proibidos ou profanar segredos são crimes na Religião Tradicional Africana (TRA) e qualquer pessoa que cometer qualquer um deles é considerada como um criminoso e é punível. Um comportamento anormal que não esteja em conformidade com as normas da sociedade são atos criminosos. Não poderemos lidar com todos eles neste trabalho, mas devemos discutir alguns.
Adultério O adultério é a relação sexual entre uma mulher casada e qualquer outro homem que não seja o marido, ou entre um homem casado e qualquer outra mulher que não seja a sua esposa. Aplica-se igualmente a uma mulher prometida em casamento. É considerado um crime ultrajante, golpeando a norma da sociedade e quando resulta em concepção (filho), que inflige uma prole espúria sobre o marido (os filhos são mal ditos). A estrutura de parentesco de nossa sociedade torna crime o adultério não apenas contra o marido como um indivíduo, mas também contra as pessoas com quem o marido está na relação. O casamento é uma cerimônia social na comunidade tradicional onde os valores sociais são reafirmados. O adultério é também uma ofensa contra os objetos religiosos do marido, inclusive seus ancestrais (Egungun). Além disso, é um ato criminoso contra os òrìsás, porque o casamento no contexto tradicional é uma instituição sagrada, sancionada por eles, e qualquer ato de infidelidade no convívio matrimonial do casal é punido por seres sobrenaturais (energias celestes). Desde o início do namoro, os rituais religiosos são realizados para estabilizar e santificar a relação; ancestrais e divindades são consultados e pede-se o seu apoio. Normalmente, a esposa de um adepto da religião tradicional é, por assim dizer, "a mulher dos deuses" Ela é recomendada para o cuidado e proteção dos seres sobrenaturais e ela deve ser fiel. Rituais e cerimônias acompanham ou seguem a ocasião do casamento. O objetivo destas é rezar para o bem-estar de novo casal, para abençoá-los assim que eles vão ter filhos eles também recebem instruções e regras sobre como se comportarem como pessoas casadas. Nesses rituais, o Deus vivo (òrìsá) e morto da família (ancestral) podem ser chamados para testemunhar a ocasião e dar as suas bênçãos para o novo casal. Na África tradicional não é conivente com o adultério, é uma violação das normas sociais e religiosas e que gera uma relação doentia e prejudicial à sociedade, uma relação que pode arruinar o total bem-estar do povo. O adultério é visto com grande preocupação e a punição e muito séria. O adúltero pode ser advertido e comunicado em primeira instância pelos lideres, mas a persistência no crime o leva ao tribunal presidido pelo chefe tradicional ou sacerdote. O adúltero também pode ser agredido ou punido com a morte por envenenamento ou ser impotente (feitiço). A morte de uma pessoa adúltera é visto como um castigo justo e não é muito lamentada. Entre os iorubás o oráculo de Ifá adverte contra o adultério como segue: Ela destrói os membros da família do marido, Ela destrói os membros da família da concubina. Posteriormente, ela destrói a si mesmo e continua a viagem até o céu (condenação a morte). Assim diz o oráculo à mulher (ou homem) adúltera, é um servo da morte (Ikù). O que é verdade para o povo da religião tradicional na África, não é tão verdade assim para outros povos. Além disso, o sistema de Ifá serve como porta-voz da escritura sagrada da tradição iorubá, assunto que tem sido pesquisado por eminentes cátedros, não só entre os iorubás, mas também entre outros povos da Nigéria e em alguns países do Oeste Africano, como Serra Leoa, República da Benin, Togo e partes da costa de Gana.
Mentira. Mentir é uma tentativa de enganar, falar o que não é verdade. É proibido na religião tradicional e qualquer um que o pratique é um motim único, é um crime contra seres humanos, mas também contra os seres sobrenaturais (energias celestes). Os africanos tradicionais ensinam seus filhos a sempre dizerem a verdade, porque eles acreditam que um mentiroso é propenso a outras formas de atos criminosos, como roubo, furto e etc. O ditado "Quem mente, um dia vai roubar." É um ato comum entre algumas pessoas, esconder a mentira é considerado muito vergonhoso, particularmente quando a verdade é descoberta. Como o adultério, a mentira arruína. Ambos são por vezes considerados como hereditário. Os africanos tradicionais invocam maldições sobre os mentirosos, enquanto as divindades também os condenam. Mentir é um crime contra o coletivo. Sobre a mentira o oráculo nos adverte através do Odu Ogunda Bede (Ogunda’ogbe): O enganador... Foi à uma viagem de vinte meses e nunca mais voltou. (morreu) O mentiroso foi em uma viagem de trinta meses e nunca mais voltou. (morreu) Assim, o oráculo avisou aos enganadores e mentirosos, quando eles estavam indo em uma viagem. Eles foram avisados para não enganar ou trair os outros em terra estrangeira. Retidão alertou (a verdade), mas eles nunca deram ouvidos à advertência. O alerta foi dado por causa do futuro. A vingança pertence ao Todo-Poderoso, o Rei (Olodunmarè) que recompensará a todos segundo as suas obras (ações). Deus sabe a verdade e vai dizer que você mentiu. Chamar de vermelho que é branco e branco o que é vermelho para seu próprio beneficio, fere outras pessoas. O Odu Aji-Oghe no oráculo nos fala obre os mentirosos e mentiras: Aqueles que chamam efuru e dão esuru, tudo bem, Nosso Pai estará olhando-os do céu. Tudo bem, os que chamam uma folha de iroko de folha oro tudo bem, Nosso Pai estará olhando-os do céu. Tudo bem, aqueles que chamam de rola uma pomba de madeira, tudo bem, nosso Pai estará olhando-os do céu. Tudo bem, aqueles que chamam de azedo o que é doce, tudo bem, nosso Pai estará olhando-os do céu. Tudo bem, assim diz o oráculo para os mentirosos e enganadores. (Deus enxerga a verdade no coração das pessoas.) O Odu Obará-meji diz: Mentir não impede de se tornar rico. Quebra de aliança (traição), não impede de chegar à terceira idade (ter vida longa). Mas o dia da morte trará retribuição. Os africanos tradicionais pensam muito sobre o futuro. Eles sabem que os mentirosos vão sofrer durante e após sua morte, eles tanto quanto possível, mantém-se longe do que vai levar a tal sofrimento. Mesmo quando os seres humanos são enganados, Deus vê os mentirosos e conhece a verdade ( a verdade está dentro do coração e Deus vê dentro coração) e vai puni-los adequadamente. Os africanos tradicionais temem a ira de Deus que conduz à miséria e a desgraça. Eles preferem o prazer divino a ira divina e preferem as bênçãos divinas ao castigo divino. Quando os africanos dizem: "Deus julgará", é como se uma máquina estivesse em movimento dentro dele e o faz confessar que mentiu. Ele pode ser solicitado a jurar, e desde que ele saiba que jurar falsamente vai trazer graves repercussões, ele será imediatamente convocado a se retratar. Os deuses não suportam a mentira ou falsidade. As divindades da religião tradicional da África intimam seus fiéis para contar a verdade em todos os momentos e prometem o seu apoio à verdade. O decreto é expresso no oráculo Ejiogbe-meji:
Seja sincero, seja justo! Ah, seja verdadeiro. Seja justo! É o que verdadeiras divindades apóiam. Seja sincero, seja justo! Apesar da mentira, ser um mal comum, os africanos tradicionais que cometem mentiras às divindades serão punidos. A ira divina, que é insuportável, é um grande fator na prevenção deste crime.
Mentira. Mentir é uma tentativa de enganar, falar o que não é verdade. É proibido na religião tradicional e qualquer um que o pratique é um motim único, é um crime contra seres humanos, mas também contra os seres sobrenaturais (energias celestes). Os africanos tradicionais ensinam seus filhos a sempre dizerem a verdade, porque eles acreditam que um mentiroso é propenso a outras formas de atos criminosos, como roubo, furto e etc. O ditado "Quem mente, um dia vai roubar." É um ato comum entre algumas pessoas, esconder a mentira é considerado muito vergonhoso, particularmente quando a verdade é descoberta. Como o adultério, a mentira arruína. Ambos são por vezes considerados como hereditário. Os africanos tradicionais invocam maldições sobre os mentirosos, enquanto as divindades também os condenam. Mentir é um crime contra o coletivo. Sobre a mentira o oráculo nos adverte através do Odu Ogunda Bede (Ogunda’ogbe): O enganador... Foi à uma viagem de vinte meses e nunca mais voltou. (morreu) O mentiroso foi em uma viagem de trinta meses e nunca mais voltou. (morreu) Assim, o oráculo avisou aos enganadores e mentirosos, quando eles estavam indo em uma viagem. Eles foram avisados para não enganar ou trair os outros em terra estrangeira. Retidão alertou (a verdade), mas eles nunca deram ouvidos à advertência. O alerta foi dado por causa do futuro. A vingança pertence ao Todo-Poderoso, o Rei (Olodunmarè) que recompensará a todos segundo as suas obras (ações). Deus sabe a verdade e vai dizer que você mentiu. Chamar de vermelho que é branco e branco o que é vermelho para seu próprio beneficio, fere outras pessoas. O Odu Aji-Oghe no oráculo nos fala obre os mentirosos e mentiras: Aqueles que chamam efuru e dão esuru, tudo bem, Nosso Pai estará olhando-os do céu. Tudo bem, os que chamam uma folha de iroko de folha oro tudo bem, Nosso Pai estará olhando-os do céu. Tudo bem, aqueles que chamam de rola uma pomba de madeira, tudo bem, nosso Pai estará olhando-os do céu. Tudo bem, aqueles que chamam de azedo o que é doce, tudo bem, nosso Pai estará olhando-os do céu. Tudo bem, assim diz o oráculo para os mentirosos e enganadores. (Deus enxerga a verdade no coração das pessoas.) O Odu Obará-meji diz: Mentir não impede de se tornar rico. Quebra de aliança (traição), não impede de chegar à terceira idade (ter vida longa). Mas o dia da morte trará retribuição. Os africanos tradicionais pensam muito sobre o futuro. Eles sabem que os mentirosos vão sofrer durante e após sua morte, eles tanto quanto possível, mantém-se longe do que vai levar a tal sofrimento. Mesmo quando os seres humanos são enganados, Deus vê os mentirosos e conhece a verdade ( a verdade está dentro do coração e Deus vê dentro coração) e vai puni-los adequadamente. Os africanos tradicionais temem a ira de Deus que conduz à miséria e a desgraça. Eles preferem o prazer divino a ira divina e preferem as bênçãos divinas ao castigo divino. Quando os africanos dizem: "Deus julgará", é como se uma máquina estivesse em movimento dentro dele e o faz confessar que mentiu. Ele pode ser solicitado a jurar, e desde que ele saiba que jurar falsamente vai trazer graves repercussões, ele será imediatamente convocado a se retratar. Os deuses não suportam a mentira ou falsidade. As divindades da religião tradicional da África intimam seus fiéis para contar a verdade em todos os momentos e prometem o seu apoio à verdade. O decreto é expresso no oráculo Ejiogbe-meji:
Seja sincero, seja justo! Ah, seja verdadeiro. Seja justo! É o que verdadeiras divindades apóiam. Seja sincero, seja justo! Apesar da mentira, ser um mal comum, os africanos tradicionais que cometem mentiras às divindades serão punidos. A ira divina, que é insuportável, é um grande fator na prevenção deste crime.
Roubo Entre os africanos tradicionais é vergonhoso roubar. É considerado um crime na comunidade. Um ladrão é uma vergonha para seus parentes. Os africanos fazem ritos tradicionais para detectar o ladrão e recuperar os bens roubados (o Awo é convocado para jogar e faz magias poderosíssimas). Eles são punidos pelo tribunal ou pelas divindades e em alguns casos, os ladrões são revelados publicamente pelos deuses ou confessam publicamente e restituem os bens roubados no mesmo lugar onde ele possa ser visto pelo povo. Isto é uma consequência do poder/ira divina que faz o ladrão sofrer fisicamente ou internamente (magia). Ele também pode ser submetido a uma tortura prolongada, doença, paralisia, cegueira parcial, a ponto de adivinhos serem consultados para saber a causa de seu infortúnio. Quando ela é atribuída ao ato de roubar, os bens roubados devem ser devolvidos e será oferecido um sacrifício propiciatório (buscando-se o perdão divino ou aplacar sua ira). Roubos mancham a reputação e a integridade da família do ladrão, e os africanos tradicionais se esforçam muito para proteger o bom nome e a imagem de sua família. Mesmo uma família irreputável não vai querer ver seus filhos serem acusado de roubo, porque os atos criminosos trazem vergonha para seus pais. E quando membros desta família são convocados para cargos e títulos de honra a mancha pelo filho ladrão os desqualificaram para o posto de honra. Referências sempre serão feitas aos crimes anteriormente cometidos por pessoas desta família. Os africanos tradicionais nunca irão nomear um ladrão ou mentiroso ou adúltero como ser um líder ou governante. O preço desta nomeação recairia como um castigo divino sobre toda comunidade e ele não serviria como uma força adequada. Roubar é não apenas imoral, ou um crime social, é também uma ofensa religiosa punível por Deus. O Odu Ogbe’ale adverte contra roubo: Se o rei terreno não te vê, o rei celeste está olhando para você (Olodunmarè). Assim diz o oráculo para aquele que rouba acobertado pela escuridão, que diz que o rei terreno não vê. Deus vê o ladrão e certamente irá puni-lo. “Vendo” aqui, não significa mera aparência, mas “vendo” será a punição.